A mudança de tom em música é algo bastante comum no dia a dia de profissionais, estudantes ou de quem faz música pela simples paixão de tocar. Seja para acompanhar cantores(as), para adaptar a canção à nossa própria voz ou ao nosso instrumento, a mudança de tonalidade se faz necessária quando lidamos com todas as músicas, dos mais variados estilos.
Mas, você sabe o que é o tom e quais são os passos para fazermos a mudança de tonalidade? Vem comigo, que neste artigo vou explicar as duas coisas!
Sobre a tonalidade
A tonalidade é um dos pilares estruturais do nosso sistema musical, chamado de sistema tonal. Isso quer dizer que a nota que escolhemos como a “nota do tom” vai trabalhar quase que como um ímã, fazendo com que as outras notas desta música sejam “atraídas” e queiram “caminhar” até esta nota do tom. Esse processo dá à nota da tonalidade um sentido de final ou chegada, e para as outras, o de trajetória até esta nota.
Por exemplo, em uma música no tom de Dó maior, é ela que vai ter a sensação de chegada, e as outras notas vão “querer” chegar até ela. Em uma música no tom de Fá, é a nota fá que terá a sensação de chegada e assim por diante.
Passo 1: Qual tom estamos e para onde vamos?
O primeiro passo é de fato saber em que tonalidade estamos. O vídeo anterior já deu grandes pistas ou até mesmo a resposta definitiva. Porém, em diversos casos pode ser bastante complicado encontrar o tom e não há nenhum problema caso não encontremos uma resposta.
O que é imprescindível é saber todos os acordes da música e, se necessário (no caso de melodias ou arranjos mais complexos, todas as notas da música. Havendo isso, já podemos mudar a tonalidade da nossa música. Vale lembrar que, aqui neste artigo, não estou falando de modulação, mas sim de mudar o tom da música por completo!
Passo 2: Medindo distâncias
O segundo passo é o mais importante: para qual tonalidade vamos mudar a música? Isso pode se dar de duas maneiras: podemos saber exatamente para qual tonalidade precisamos ir. Por exemplo, mudar o tom para Ré Maior ou Lá Maior. Ou podemos apenas saber o tamanho do movimento: subir 1 tom, descer 2 tons, etc.
Essa segunda informação é a mais importante, pois é exatamente isso que precisamos fazer para mudar o tom de uma música: movimentar exatamente TODAS as notas e acordes. Ou seja, se soubermos a distância do movimento, basta seguir à risca a distância de todos os intervalos.
Se não soubermos o intervalo, precisaremos calcular. Por exemplo: se a música está em dó e vamos mudar o tom para ré, qual é a distância entre essas duas notas? Nesse caso, a distância de dó para ré é de 1 tom para cima, ou seja, aqui, movimentamos todas as notas e acordes da música a distância de um tom para cima e, assim, conseguimos mudar o tom.
Passo 3: Movimentando corretamente
No final das contas, o mais importante para mudar o tom de uma música é saber a distância (ou seja, o intervalo) a ser movimentado e, com isso, alterar todas as notas e acordes da música com a mesma distância, seja o intervalo que for.
Se vamos subir 3 tons da música, é importante que subamos 3 tons exatos em todos os acordes e notas dessa música de uma vez. Se vamos descer 4 tons e meio, é a mesma coisa: descer quatro tons e meio em todas as notas e acordes.
Caso não saibamos a distância a ser movimentada, daí precisamos calcular: em qual tom estamos e para qual tom vamos? Qual é a distância (em tons e semitons) entre essas notas? Daí, sabendo o intervalo entre elas, aplicar o mesmo movimento exato para todas as notas e acordes da música.
Claro que é muito mais fácil falar do que fazer. Isso acontece pois existe uma série de elementos teóricos que falamos aqui que, de fato, exigem uma base para transitarmos melhor por esse assunto. Um bom passo para ter o conhecimento necessário é fazer um curso que aborde assuntos como Tom e Semitom, Escalas Musicais, Intervalos e Campo Harmônico.
